.

Aqui você encontra conteúdos organizados para iniciar sua pesquisa em história do Direito, com teses, artigos científicos e tccs, legislação histórica, links de arquivos históricos e bibliotecas e muito mais

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

História do Direito e Escravidão no Br


Os estudos sobre escravidão negra no Brasil foram uns dos primeiros a se utilizarem de fontes jurídicas, como autos de processo para elaboração da História. São inúmeros os trabalhos que se utilizam do Direito como fonte e que tem o direito como grande foco de seus estudos. Porém, no âmbito das faculdades de Direito não é muito comum os estudos de história do Direito que se utilizem de fontes primárias, como esses autos de escravos, para elaboração da história. Isso ocorre em grande parte por uma dificuldade dos próprios professores em liderem com fontes primárias antigas, de se enveredar pelos caminhos tortuosos dos arquivos judiciários e de tempo para orientar alunos que busquem uma pesquisa inovadora.
É preciso para fazer História do Direito que se saia do hermetismo que as faculdades de Direito se encontram, e nessa atitude de não fechamento, se abrir para fontes novas.
Ótima leitura, ótimas pesquisas.


(lista que será continuamente atualizada, dada a imensidade de estudos nessa área)

Os estudos sobre a escravidão e as relações entre a História e o Direito
Gizlene Neder
João Luiz Duboc Pinaud
Márcia Maria Menendes Motta
Ronald Raminelli
Sílvia Lara 
http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg6-2.pdf
Sob as bênçãos da Igreja:o casamento de escravos na legislação brasileira
Adriana Pereira Campos
Patrícia M. da Silva Merlo
http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi%2011/topoi11a5.pdf
 
NAS BARRAS DOS TRIBUNAIS:Direito e escravidão no Espírito Santo do século XIX
ADRIANA PEREIRA CAMPOS
  http://www1.capes.gov.br/teses/pt/2003_dout_ufrj_adriana.pdf
DIREITOS DE ESCRAVOS: maus-tratos e jusnaturalismo em petições de liberdade
(América portuguesa, segunda metade do século XVIII e início do XIX)
Priscila de LIMA
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao42/materia01/texto01.pdf
“A DESIGUALDADE COMO NORMA: A SITUAÇÃO DO ESCRAVO PERANTE A LEI NO BRASIL”.
Darlan de Oliveira Reis Junior
https://www.google.com/search?q=hist%C3%B3ria+direito+escravid%C3%A3o+pdf&newwindow=1&rls={moz:distributionID}:{moz:locale}:{moz:official}&ei=gzDpUpSpNs6NkAeRyYG4BA&start=40&sa=N&biw=1366&bih=665


TRÁFICO CLANDESTINO DE ESCRAVOS: A ATUAÇÃO DO JUIZ
DE DIREITO DE ILHÉUS NA APREENSÃO DOS AFRICANOS DESEMBARCADOS NA PRAIA DE MAMOAM
Ronaldo Lima da Cruz
http://www.tjpe.jus.br/judiciario/didoc/memorial/revista/revista032010/7_Ronaldo_Lima_da_Cruz_Trafico_clandestino_de%20escravos.pdf
A ESCRAVIDÃO NEGRA SOB A PERSPECTIVA DO DIREITO NO
BRASIL  MPERIAL
Adriane Eunice de Paula Roos- TCC em Direito
http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2007_1/adriane_eunice.pdf


PERDÃO IMPERIAL:A HISTÓRIA DO CRIME DO ESCRAVO ADÃO MONJOLO
Ricardo Figueiredo Pirola
http://www.anpuhsp.org.br/sp/downloads/CD%20XX%20Encontro/PDF/Autores%20e%20Artigos/Ricardo%20Figueiredo%20Pirola.pdf
FUGA E RESISTÊNCIA: O CASO DAS FUGAS DOS ESCRAVOS NA CIDADE DE CAMPINAS ENTRE 1870 E 1880
Ana Josefina Ferrari 
http://www.artistasgauchos.com/conexao/01/anaj.pdf

Alforria, liberdade e cidadania: o problema da fundamentação legal da manumissão no Antigo Regime ibérico 
Waldomiro Lourenço da Silva Júnior
http://revistadeindias.revistas.csic.es/index.php/revistadeindias/article/viewArticle/930


ENTRE MORDAÇAS E DIREITOS: AÇÕES DE LIBERDADE E RESISTÊNCIA ESCRAVA
NA HISTÓRIA DO DIREITO NO BRASIL
Gabriela Barretto de Sá 
http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/resources/anais/3/1306697704_ARQUIVO_Gabriela_Sa_Mordacas_e_Direitos.pdf 


O Estado nacional e a instabilidade da propriedade escrava: a Lei de 1831 e a matrícula dos escravos de 1872
 Beatriz Mamigonian
http://www.almanack.unifesp.br/index.php/almanack/article/viewFile/727/pdf

Livros 

Silvia Hunold Lara,
"Legislação sobre escravos africanos na América portuguesa"
.José Andrés-Gallego (coord.),
Nuevas Aportaciones a la Historia Jurídica de
Iberoamérica, Colección Proyectos Históricos Tavera, Madrid, 2000.

Antonio Manuel Hespanha

Conheci os textos do Hespanha não nas aulas na faculdade de Direito, mas andando e fuçando na biblioteca de História. Achei uma xerox do livro História do Direito e das Instituições e levei logo para casa, fazendo outra xerox daquilo, pois não se achava para comprar. Eu tava prestes a desistir do curso de Direito e vi aquele livro.... era aquilo que queria fazer. O livro fazia uma crítica ao Direito positivado capitalista por uma perspectiva marxista. Era muito diferente dos manuais de História do Direito e das horrendas Introduções históricas ao Direito que abundam no início dos manuais de qualquer matéria dogmática. Seus livros e principalmente os artigos esparsos merecem ser lidos e isso é hoje, isso está facilitado por uma compilação do próprio Hespanha em um site aberto. Leitura mais do que obrigatória.
boas leituras, ótimas pesquisas.

Hespanha - obras: História do Direito e das Instituições, “Cultura jurídica europeia. Síntese de um milénio”, “O caleidoscópio do direito. O direito e a justiça nos dias e no mundo de hoje”
          

Textos do Hespanha- artigos
https://sites.google.com/site/antoniomanuelhespanha/home/textos-selecionados


  outros textos:

DIREITO COMUM E DIREITO COLONIAL.
António Manuel Hespanha
http://www.metajus.com.br/textos-estrangeiro/DireitoComumeDireitoColonial.pdf 

O constitucionalismo monárquico português. Breve síntese.
António Manuel Hespanha 
http://www.fd.unl.pt/docentes_docs/ma/amh_MA_3904.pdf
O DIREITO DOINÍCIO DA ERA MODERNA E A IMAGINAÇÃO ANTROPOLÓGICA DAANTIGA
CULTURA EUROPÉIA
http://www.tjrs.jus.br/export/poder_judiciario/historia/memorial_do_poder_judiciario/memorial_judiciario_gaucho/revista_justica_e_historia/issn_1676-5834/v2n4/doc/01-Antonio_Hespanha.pdf
Depois do Leviathan
Manuel Hespanha
http://www.almanack.usp.br/almanack/PDFS/5/05_artigo_1.pdf
GOVERNO DA LEI OU GOVERNO DOS JUÍZES? O PRIMEIRO SÉCULO DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM PORTUGAL
 Manuel Hespanha, António
http://www.redalyc.org/pdf/2590/259027584008.pdf
IDEIAS SOBRE A INTERPRETAÇÃO
António Manuel hespanha 
http://biblio.juridicas.unam.mx/libros/7/3015/4.pdf

LEIS BEM FEITAS E LEIS BOAS
António Manuel Hespanha
http://www.idb-fdul.com/uploaded/files/2013_01_00619_00642.pdf 

DIGITALIZAÇÃO DA DOUTRINA JURÍDICA
ACADÉMICA PORTUGUESA (C. 1800-C.1910)
António Manuel Hespanha
 http://hc.rediris.es/08/articulos/pdf/20.pdf

 A representação da sociedade e do poder
ÂNGELA BARRETO XAVIER E ANTÓNIO MANUEL HESPANHA
http://people.ufpr.br/~lgeraldo/HespanhaXavier.pdf 

A mobilidade social na sociedadede Antigo Regime
António Manuel Hespanha

http://www.scielo.br/pdf/tem/v11n21/v11n21a09.pdf 


 A revolução neoliberal e a subversão do “modelo jurídico”.
 António Manuel Hespanha, 
Crise Direito e Argumentação Jurídica.
 http://ensaiosjuridicos.files.wordpress.com/2013/10/103477357-a-revolucao-neoliberal-e-a-subversao-do-e2809cmodelo-juridicoe2809d-antonio-manuel-hespanha.pdf

Os Áustrias em portugal: Balanço historiográfico
Antonio Manuel Hespanha
http://www.lusotopie.sciencespobordeaux.fr/hespanha.pdf



COMENTADORES: 

UMA LEITURA DE ANTÓNIO MANUEL HESPANHA
Francisco Carlos Cosentino
http://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/cultura_historica_patrimonio/article/view/06_art_v2n1_cosentino/108
 

Bacharelismo

O Direito não é apenas um curso, é um modo de vida, com preceitos próprios, estética própria, e ética peculiar. Os alunos ao entrarem em um curso de direito aprendem mais do que matérias para sua vida profissional, a técnica é apenas uma parte do ensino. Muito do ensino do direito que não está nas grades curriculares é talvez o mais fundamental para o aluno, aprender o falar, o agir, o relacionar-se. Nesse sentido, as faculdades de Direito ainda se portam como transmissoras de um saber bacharelesco, que tem origens na montagem no Estado Brasileiro. Dois grandes clássicos que vão tratar disso é Raimundo Faoro, os Donos do Poder e Caio Prado Jr, com seu Raizes do Br. Machado de Assis reporta esse bacharelismo, em especial, do povo do Direito no seu adorável conto a Teoria do Medalhão.
Abaixo artigos que tratam do tema, além dos citados acima.
boa leitura e boa pesquisa.





MEMÓRIA E DIREITO: AS ORIGENS DO
BACHARELISMO LIBERAL NO
BRASIL IMPÉRIO (1822-1889)
Daniella Miranda Santos (UESB)
Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro (UESB)


BACHARELISMO E RETÓRICA NA CONSTRUÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Laíse Helena Barbosa Araújo


Triatoma baccalaureatus: sobre a crise do bacharelismo na Primeira República
Ricardo Sontag


O FENÔMENO DO BACHARELISMO À LUZ DE GILBERTO FREYRE
Anna Waleska Nobre Cunha de Menezes


ESCRAVIDÃO, BACHARELISMO E RAZÕES DE ESTADO:
ELEMENTOS DO PENSAMENTO CONSTITUCIONAL NO IMPÉRIO
Martônio Mont’Alverne Barreto Lima


O
S GUARDIÕES DA LINGUAGEM E DA POLÍTICA
:
O BACHARELISMO NA  R EPÚBLICA  V ELHA
WILTON  C. L. S ILVA


Machado de Assis e o olhar irônico no país dos bacharéis
Pádua Fernandes

Continuidade e Mudança no Brasil: Os Legados do Bacharelismo
João Batista de Castro júnior e Bernd Reiter


A montagem dos códigos





Os códigos começaram a ser criados no Brasil a partir da previsão da Constituição de 1824, com nítida influência da nova política que se instaurava, a de um país independente, com leis próprias. As ordenações do reino e as legislações coloniais não serviam mais para um país que queria se colocar próximo do patamar cultural europeu que se formava. Elaborar uma Constituição e um Código são parte importantes desse projeto de montagem do Estado Nacional. O que Weber fala no âmbito da sociologia do Direito é nesses trabalhos de história dos Códigos, mostrado em pormenor. A importância da positivação das leis, da estruturação de uma burocracia nacional e de um direito que não tivesse mais a cara de colônia.
Boa leitura e ótimas pesquisas!!!




Sob o império das leis: constituição e unidade na formação do Brasil (1822-1834)
SLEMIAN, Andréa.

A construção de uma legitimidade: constituição e administração nos primórdios do
Império do Brasil (c. 1823-1834)
Andréa Slemian
Associação Nacionalde História– ANPUH  XXIV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA - 2007


O JUDICIÁRIO E O IMPÉRIO DO BRASIL: O SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (1828-1889)
Andréa Slemian, José Reinaldo de Lima Lopes
e Paulo Macedo Garcia Neto


De bacharel a jurista: perfil dos artífices da codificação civil
Daniela Silva Fontoura de Barcellos


Instituições, legitimidade e [des]ordem:  crise da monarquia portuguesa e construção
do Império do Brasil (c.1808-1841)
Andrea Slemian 

Código Civil: relações entre a política e a universidade
Daniela Silva Fontoura de Barcello



CULTURA JURÍDICA PORTUGUESA EM TEMPOS
DE “NACIONALIZAÇÃO” DO DIREITO BRASILEIRO
Yuri Costa
http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/CHR/2009_2/Yuri%20Costa_v7_n2.pdf